Otoplastia

Em reportagem publicada no portal do Jornal da Comunidade, o Dr. Cristiano Fleury comenta sobre as possíveis indicações de cirurgias plásticas reconstrutivas em crianças, em especial a otoplastia (cirurgia da orelha).
Veja o artigo abaixo:
Independentemente de ser estética ou reparadora, a cirurgia plástica em crianças tem tido uma procura crescente nos consultórios

LORENA CASTRO

As novas técnicas utilizadas em cirurgias plásticas, bem menos invasivas, têm estimulado a procura dos pais por esses procedimentos, mas para beneficiar seus próprios filhos. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que são realizadas, anualmente, quase 128 mil cirurgias plásticas em crianças, o que representa 21% do total de procedimentos cirúrgicos estéticos ou reparadores no Brasil.
Nos pequenos, as cirurgias são realizadas devido a variados fatores, segundo o cirurgião plástico Mucio Porto. “As indicações típicas são basicamente reparadoras, como malformações e sequelas de queimaduras e acidentes, sendo a plástica de orelhas de abano talvez a única de caráter estético”, cita.
A intervenção cirúrgica, quando bem indicada, repercute positivamente na autoestima. “Vários autores na área da psicologia afirmam que a personalidade da pessoa é formada até a adolescência. Assim, toda alteração física que perturbe a autoestima deve ser corrigida, se possível, para prevenir traumas emocionais”, argumenta Mucio.
Otoplastia
Dentre as cirurgias estéticas em crianças e adolescentes, a mais comum é para a correção de orelhas de abano – tecnicamente chamada de otoplastia –, que evita situações de chacotas e apelidos pejorativos no período escolar. A técnica utilizada é simples. “É feito um pequeno corte atrás da orelha, sob anestesia local ou geral. Por ele são feitos pontos para formar as dobras normais da orelha, aproximando-a do crânio”, detalha o médico.
Entre os métodos reparadores, de acordo com Mucio, estão a correção de fissuras labiopalatinas, conhecidas também como guelas-de-lobo, que podem começar já aos dois meses de vida; as polidactilias ou dedos emendados; e estreitamentos de braços e pernas.
Vantagens
Os hemangiomas são também responsáveis por muitas cirurgias realizadas na infância, segundo dr. Gustavo Guimarães, coordenador do serviço de cirurgia plástica do Hospital Santa Helena. “Essas malformações vasculares, como manchas vermelhas, tendem a aumentar na adolescência, e quando grandes ou deformantes podem ser retiradas”, diz.
Já a rinoplastia ou cirurgia no nariz, é muito comum em adolescentes para melhorar a respiração e também a parte estética. “Somente após a fase de crescimento essa região pode ser operada”, avisa Guimarães. E acrescenta: “Cada deformidade tem uma época adequada para ser tratada e isto é definido de acordo com o peso da criança, fase de crescimento, desenvolvimento e condições de saúde”.
Segundo ele, a vantagem de fazer a cirurgia na infância é que, até os 4 anos, a criança ainda não tem imagem pessoal formada; com isso, ela não se lembrará, no futuro, como era sua aparência. “Mesmo depois, as lembranças sao mais amenas e isso ajuda na parte psicológica e social”, frisa.
Aprimoramento
As queimaduras se constituem o segundo campo principal de atuação da cirurgia plástica em crianças, já que a ocorrência frequente de acidentes, especialmente domésticos, provocam lesões mais ou menos graves. O cirurgião plástico Cristiano Fleury cita, ainda, outras indicações cirúrgicas na infância, como a microtia, referente à formação incompleta da orelha; reconstrução após ressecção de hemangiomas e traumatismos, entre outras.
Para o médico, o constante aprimoramento das técnicas cirúrgicas e tratamentos coadjuvantes vem proporcionando resultados cada vez melhores, o que acaba por atrair mais pacientes. “Muitas das malformações são revertidas, quando os primeiros estágios cirúrgicos são realizados na infância. A indicação do melhor momento é muito variável e depende do problema a ser tratado”, pondera.
Todo procedimento cirúrgico, naturalmente, traz riscos e estes devem ser minuciosamente discutidos entre médico e paciente. “É sempre necessária uma avaliação pré-operatória completa, que deve, inclusive, pesquisar possíveis associações de síndromes cardíacas ou de outros órgãos nos casos de correção de malformações”, afirma Fleury.
Escolha certa
De acordo com o cirurgião plástico Douglas Freire, o passo inicial, antes de se decidir pela intervenção, é buscar um profissional qualificado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Só realizem o procedimento se for um desejo da criança e não por causa de uma possível busca de perfeição por parte dos pais”, recomenda.
A melhor estratégia de atuação envolve, muitas vezes, tratamento multidisciplinar, com a participação de fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, entre outros profissionais.


Para maiores dúvidas sobre otoplastia (cirurgia plástica das orelhas) acesse: http://www.fleurycirurgiaplastica.com.br/home#!otoplastia/c1wso ou marque uma consulta: (61) 3244-1603

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